Imóvel - Comprar e ter um patrimônio - ou alugar e viver experiências?
No Brasil, o mercado imobiliário passou por diferentes cenários na última década, fazendo com que se formasse uma grande oscilação nos períodos que ora eram mais vantajosos para a compra de um imóvel, ora para a locação.
Entre 2008 e 2013, por exemplo, o País viveu o conhecido boom imobiliário e trouxe muita oferta e vantagens para a aquisição da casa própria. Os anos seguintes, no entanto, foram marcados pela recessão e a locação de imóveis se apresentou como a opção mais benéfica aos consumidores. Foi apenas em meados de 2019, que o mercado voltou a oferecer às pessoas a possibilidade de avaliação entre a compra e venda.
Neste ano, apesar da pandemia da Covid-19, as baixas taxas de juros do financiamento imobiliário, que variam de acordo com a SELIC, apresentam um cenário vantajoso para a compra de imóveis. O IGPM – Índice Geral de Preços, usado como principal indicador para o reajuste, fechou 2020 em 23,14%, maior alta desde 2002, aumentando o valor dos alugueis. “Apesar destes índices, a escolha entre uma ou outra prática é individual e depende do capital e da necessidade de cada família. As novas gerações, por exemplo, preferem alugar imóveis a adquirir, surge a uma nova conscientização de viver experiências em vez de ter ativos”, afirma Marco Dal Maso, sócio diretor da Mario Dal Maso.
Um levantamento, realizado em 2019 pela agência de transformação digital Today, mostra que 80% dos jovens entre 25 e 39 anos preferem alugar imóveis ao invés de comprá-los. Isso porque esta geração tende a mudar de trabalho a cada dois anos, o que acarreta em uma mudança de cidade ou estado. “Esta nova geração busca imóveis pequenos, próximos ao trabalho ou de estações de transporte públicos. Para os que possuem família, preferem investir o dinheiro guardado e pagar aluguel do que usar o montante na entrada da compra de um imóvel, por exemplo”, explica Marco Dal Maso.
Inclusive, a escolha entre a compra ou locação de um imóvel precisa ser avaliada sob perspectivas financeiras e pessoais. “Além de comparar o valor do aluguel com a taxa do financiamento, rentabilidade dos seu recurso com valor do ativo e melhor ainda, é necessário analisar o seu momento de vida”, finaliza Marco.
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