Mercado Imobiliário: sobe ou desce? As tendências econômicas e políticas que afetam o mercado
Durante o ano de 2022 o mercado imobiliário se manteve aquecido, e a chegada de 2023 trouxe novas perspectivas, onde é importante estarmos atentos às mudanças mercadológicas atuais, que possui um cenário de juros altos, mudança de governo e incertezas econômicas e jurídicas.
Entretanto, há perspectivas de o setor avançar, mesmo em meio às incertezas. “A palavra de ordem é cautela. Neste momento, é necessário que se mantenha um bom planejamento alinhado às mudanças que estão ocorrendo no mercado”, enfatiza Marco Dal Maso.
O principal foco de atenção deve ser a Selic, taxa básica de juros da economia, que atualmente está em 13,75%. E o valor do preço médio dos imóveis residenciais que ano passado subiu 6,12%, atingindo a maior alta nominal desde 2014, quando houve alta de 6,70%, de acordo com o índice FipeZap+.
“Estamos com uma inflação acima da meta e isso provavelmente vai continuar em 2023. Desta forma, as taxas de juros deverão se manter em patamares considerados altos”, explica o especialista. Mas isso não assusta quem conhece o mercado, pois segundo o “Termômetro Imobiliário”, da Brain Inteligência Estratégica, os imóveis residenciais permanecem sendo a principal escolha de investimento.
Alguns fatores políticos, como a destinação de recursos, subsídios e a redução da taxa de juros por parte do Banco Central, podem contribuir para a melhora do mercado. Porém, em contraponto, o alto índice de inadimplência interfere na disponibilidade de crédito imobiliário. “Devemos observar que os bancos estão se tornando cada vez mais seletivos”, diz Marco.
Momentos como este que o mercado está passando, normalmente geram oportunidades que são despercebidas. “Fiquem atentos, pois o imóvel é moeda forte e um investimento a longo prazo. As oportunidades de compras descontadas podem ocorrer”, finaliza Marco.
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